PORTAL FISCAL DO POVO: Vice-presidente do PP de Cristiano é o atual Secretário do Meio Ambiente do prefeito.

No dia 18 de novembro de 2019, após mais de um ano suspenso, foi reativado o diretório municipal do Partido Progressista (PP) em Cocal-PI. Naquele momento, o atual Secretário Municipal do Meio Ambiente (Ex-prefeito "Chico Preto"), cujo nome é Francisco Alves Domingues, foi mantido como vice-presidente da sigla, no diretório da cidade; e, na presidência da legenda, foi mantido o conhecido ex-vereador "Chico Mando", cujo nome é Francisco Vieira de Araújo, aquele que, segundo os populares do bairro Santa Teresinha, estava como responsável pelas obras dos banheirinhos da Funasa, apelidados de “ninho de cachorro” por uma das senhoras moradoras do bairro.

Posse do ex-prefeito Chico Preto, em 2012, após cassação do mandato do então prefeito Fernandinho.

Vejam os nomes dos membros do diretório municipal do PP na nossa cidade:

Membros do diretório municipal do PP-Cocal/PI: Presidente, Chico Mano; vice, Chico Preto.

Abaixo, o nome do atual Secretário Mun. do Meio Ambiente e Rec. Hídricos de Cocal no Portal da Transparência:

Informação colhida no Portal da Transparência de Cocal-PI em 12/03/20.

A cada nova descoberta feita por muitos eleitores que nos acompanham nas redes sociais, aumenta mais a percepção de que o “Grupo 1” do Governador na cidade, sob coordenação do prefeito, está se dividindo aos poucos em dois, com o surgimento de um segundo “Grupo”, este sob responsabilidade do MDB, onde estão se instalando, aos pouquinhos, figuras políticas que saem do “Grupo 1”. Primeiro saiu o médico, que muito admirava a gestão do prefeito mas passou a dizer em todo lugar, pouco tempo atrás, que nada mais da administração prestava; depois mudaram também para o “Grupo 2” os três vereadores que, por 7 anos, foram fieis ao prefeito (inclusive tendo pelo menos um deles mantido familiares empregados na prefeitura sem terem feito concurso público para isso, como constava no portal da transparência até há pouco tempo); e agora, AO QUE “PARECE”, as camas já estão arrumadas, desde novembro do ano passado com a reativação do diretório municipal do PP, para que o atual Secretário de Meio Ambiente com o suposto responsável pelos "banheirinhos da Funasa", o ex-vereador Chico Mano, instalem-se também no “Grupo 2” do Governador com o Ciro Nogueira, de modo a todo mundo ficar bem distribuidinho e, assim, garantirem-se os votos necessários para eleger, no “Grupo 1”, o Nonatim com os vereadores que permanecerem nesse grupo, e no “Grupo 2” os demais vereadores; resumindo, está tudo se distribuindo para a reeleição de todos os vereadores que sabem trabalhar do jeito que tanto o prefeito, quanto o governador e seus deputados gostam: sem fiscalizar devidamente, mas apoiando de modo fiel o chefe do executivo, ou seja, o prefeito que, por causa disso, fica à vontade para construir banheiro de luxo na sua mansão e banheirinhos medíocres no quintal alheio, isto é, do povo.

Chico Mano na ponta ao lado do prefeito.

Hoje, cada vez mais pessoas vêem que, no fundo, o grande grupo do prefeito dividiu a “oposição” em duas partes e ocupou uma delas com figuras políticas decisivas, criando assim dois grupos que servem à manutenção do projeto político de poder não só da situação, mas de toda a classe política da cidade. Cada dia isso fica mais claro para muita gente, o que tem refletido no alto crescimento de eleitores indecisos na última pesquisa de opinião realizada na cidade. Com esses dois grupos, o eleitor que aprova o prefeito, ao votar em vereadores do “Grupo 1”, ajuda obviamente a eleger os vereadores que o prefeito quer declaradamente que sejam eleitos; mas se esse eleitor é um dos que não gostam do prefeito e resolve, portanto, votar em vereadores do “Grupo 2”, termina também ironicamente ajudando a eleger vereadores que já demonstraram servir ao prefeito em vez de fiscalizá-lo pelo bem do povo, isto é, vereadores que o prefeito também quer, mesmo sem declarar isso publicamente, é óbvio. Pois o cocalense que tem boa memória sabe bem disto: toda vez, após as eleições, vereadores que eram de “oposição” passam para a situação com a maior naturalidade do mundo. Ou será que no ano que vem isso não acontecerá como por um milagre? Será que não é do conhecimento de todo o povo que essa é a forma como a "velha política" foi construída em Cocal? Nós acreditamos que o povo sabe muito bem disso.

Vamos agora a perguntas importantes para nossos leitores tentarem responder:

Será que desde novembro do ano passado está orquestrado uma estratégia para que o ex-prefeito Chico Preto e o ex-vereador Chico Mano migrem para o “Grupo 2” do Governador com Ciro Nogueira?

Se a resposta para a pergunta acima for “sim”, fazemos outra: será que o prefeito não está sabendo disso?!

Após esta matéria, quando o prefeito certamente saberá, caso ainda não saiba, será que Chico Preto, este que ocupa cargo de confiança, vai ser demitido da Secretaria por estar como vice-presidente do partido da suposta “oposição”? Ou será que o prefeito vai esperar o seu secretário sair apenas lá na frente, a fim de que o “Grupo 2” ganhe mais fôlego político e tenha assim mais votos para eleger os vereadores do prefeito instalados lá?

Ou: Será que todos eles irão abortar esse suposto plano, após esta matéria, e dirão ao povo cocalense que mudarão o diretório municipal do PP em breve, em vez de prorrogá-lo, e, assim, colocarão outro presidente e outro vice-presidente para que o povo não se convença, de uma vez por toda, de que, na verdade, o prefeito com o Governador e o Ciro Nogueira têm dois grupos, e não só um, nos quais estão distribuidinhos os seus caríssimos vereadores para que estes se reelejam, garantindo, pois, a continuidade de uma Câmara Municipal totalmente ajoelhada diante dos caprichos administrativos e supostamente criminosos do prefeito, isto segundo o que acredita a Polícia Federal e o Ministério Público?

As respostas ficam por conta de vocês. E vamos esperar o que acontecerá após esta revelação feita aqui ao povo.

A propósito, imaginem se o povo piauiense colocasse nas Câmaras Municipais de suas cidades vereadores que revelassem todas as maracutaias que existissem em cada prefeitura e/ou Câmara Municipal no Estado? O que seria feito da "velha política" se o povo fizesse isso, sobretudo quando estivesse quase obrigado a escolher entres grupos recheados de corruptos que sempre terminam na mesma coisa, pois não há quem os fiscalize do modo correto? Com certeza a coisa seria realmente diferente. Pois, do contrário, em tais cenários políticos, restam só promessas e mais promessas, as mesmas que, vazias, todos já cansaram de ouvir...

E, por falar em PP...

Na TV Multplik, o pré-candidato Cristiano Brito, do MDB de João Madson, falando anteontem sobre o Senador Ciro Nogueira, “dono” do PP e réu acusado pela Lava Jato de integrar o “Quadrilhão do PP”, disse que ele está brigado com Wellington Dias. Agora, vejam logo abaixo, no vídeo de uma entrevista realizada no dia 13 de dezembro de 2019, o quanto é grave, real e verídica a briga que há entre o Senador réu na Lava Jato e o Governador do Piauí, também réu por falta de prestação de contas quanto a empréstimos milionários aprovados pelo MDB, sob orquestração do Dep. João Madson, na Assembleia Legislativa:

Como se vê, a tal “briga” não existe. Ou seja, não é bem assim. O que há é apenas uma narrativa vazia conveniente à formação de palanques nos municípios para as eleições deste ano. É somente para fazer o povo pensar que há divisão onde, na verdade, há é uma grande e forte união. Pois longe do povo, o “comando é do Governador”, nas palavras do próprio Ciro Nogueira. Governador esse que, combinado com o Senador réu, tem a seu dispor em Cocal o “Grupo 1” e o “Grupo 2”, dando um “baile” nos eleitores da oposição; uma estratégia praticamente infalível, de uma inteligência perversa contra a democracia e o povo cocalense, fato que não ocorre apenas aqui, mas em quase todos os municípios do Piauí. E podem fazer as suas apostas nos resultados disso: Em 2022, o "Senador-réu" vem pro Governo, o "Governador-réu" vai pro Senado e o "povo-vítima" continuará assistindo a escândalos de corrupção, se não eleger vereadores fora do grande esquema político-partidário que existe, para amenizar, ao máximo que der, no âmbito municipal. Fora isto, é tudo euforia passageira. A mesma euforia que envolveu o povo, por exemplo, em 2008, em 2012 e em 2016. Ou será que, nesse cenário político onde todos os atores estão misturados, mais embaralhados do que nunca, a atual "classe política", honestíssima como nunca foi, dessa vez vai pensar no povo em primeiro lugar?